sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Xadrez: o lúdico na cultura


Justificativa:

A atual realidade traz o consenso sobre a importância de uma escola cada vez mais atrativa e, principalmente, inte-grada com um universo mais amplo de conhecimentos.

Também é evidente a importância da integração entre escola e sociedade civil na busca da melhoria na qualidade do ensino. Surge, então, a necessidade do estabelecimento de parcerias, que promovam o fortalecimento da escola e ao mesmo tempo proporcionem aos alunos um espaço de lazer, onde possa ser explorado seu potencial educativo, voltado à cidadania e à modernidade.

Atualmente é admitido que a prática do xadrez deve fazer parte das atividades optativas que os alunos podem e devem realizar na escola. O xadrez é uma luta de idéias que estimula o desenvolvimento mental das crianças, além de lhes impor uma disciplina atrativa e agradável, aumentando suas capacidades de cálculo, raciocínio e também de concentração. Através de experiências reali-zadas no âmbito escolar em diversos países, tais como na extinta União Soviética (há mais de 50 anos), na Argentina, França, Inglaterra, Iugoslávia, Hungria, Holanda e outros, os mestres com-provaram que a prática do xadrez na aula contribui não só para exercitar as qualidades pessoais de cada aluno, brindando-o com um passatempo, mas também como meio para superar problemas grupais e de tipo disciplinar.

Do ponto de vista pedagógico é inegável que este jogo estimula cinco capacidades do desenvolvimento cognitivo:

1. Raciocinar na busca dos meios adequados para alcançar um fim;
2. Organizar uma variedade de elementos para uma finalidade;
3. Imaginar concretamente situações futuras próximas;
4. Prever as prováveis conseqüências de atos próprios e alheios;
5. Tomar decisões vinculadas à resolução de problemas.

Se o xadrez é para uns, esporte e para outros arte e ciência, não é menos certo que constitui um dos recursos pedagógicos mais preciosos que a civilização inventou, síntese de muitas qualida-des em uma só atividade. Desenvolve todas as potencialidades intelectuais da criança, ao mesmo tempo em que a conduz ao pensamento lógico-formal. Desenvolve a imaginação, educa a atenção e contribui para formar o espírito de investigação, além de provocar criatividade e desenvolver a memória. Por outro lado é uma atividade recreativa que permite à criança assumir uma atitude própria, dando oportunidade à obtenção de satisfação pessoal e integrando-a plenamente em seu grupo social.

Pelo lado moral, a prática deste jogo, essencialmente correto, dada a impossibilidade de se fazer trapaças, conduz a positiva experiência do ganhar e do perder, assim como a formação do caráter, permitindo o desenvolvimento de qualidades tais como: paciência, modéstia, prudência, perseverança, autocontrole, vontade disciplinada, autoconfiança e, principalmente, a sublimação da agressividade.

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